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Justiça no Tempo dos Portugueses em Goa:

Setembro 30, 2009

 

De: drferdinando@hotmail.com
Para: mail@herald-goa.com; editor@herald-goa.com
Assunto: Prezado Sr. Editor
Data: Tue, 29 Sep 2009 18:15:46 +0530

A carta “Ressaca de subserviência”, supostamente escrita pelo Padre Mousinho de Athaìde em O Heraldo, datado de 29 de Setembro, é perversa e chocante para dizer o mínimo, se não orai distorcida. Para analisar esta carta parágrafo por parágrafo, gostaria de questionar o escritor que se a Índia existia como uma entidade separada antes de os Britânicos, como ele alega, que isto seja a verdade, quais eram os reinos e os príncipes que compunham esta sua Índia? Será esta uma distorção ou subversão da história?

Sua alegação de que estava sob o jugo de Goa sob o regime português é mal concebida, houve ampla liberdade, mas com disciplina. Pode não ter sido a liberdade de expressão, liberdade para ir em greves ou “bundhs”, etc, obviàmente que não era uma democracia. Goeses que viveram durante o regime português não precisam de recorrer à leitura da história de Goa pelos autores portugueses, eles viveram aqui, em paz e harmonia, com quase nenhuma ameaça de assaltos e crimes, com alimentação, roupas e abrigo para cada um, com institutições de educação, justiça e protecção a todos. O que mais poderia Você exigir de um governo chamado estável? Será que a sua chamada “Goa libertada” dá-lhe tudo isso? Também gostaria de saber se os homicídios, estupros, pedofilias, seqüestro, corrupção, roubos, dacoities, extorsão, etc, etc, são, na sua opinião o sentido da libertação e da liberdade?
É um facto admitido que há sempre pessoas corruptas, mas para cada funcionário só, depravado e corrupto do regime português, que o escritor goês  Goan o escritor pode nomeiar, eu estou disposto a mencionar quarenta nomes, se não mais, do “regime de Goa libertada”.
E no que diz respeito à ‘subserviência’, estamos em nosso regime servil goês mesmo mum degrau mais baixo em todos os departamentos do Governo, deixando à parte todos os outros semi-alfabetizados do grau superior.
Existe um ditado: “o bom senso, não a idade, trás sabedoria”. O Padre Mousinho, se ele é o escritor real, expõe a sua ignorância total dos tempos difíceis e misérias por que os Goeses estão a passar. Ele está em total ignorância dos acontecimentos ao seu redor. Pessoas que lutam pelos direitos dos oprimidos são falsamente presas; propriedades ancestrais e as terras agrícolas são usurpadas, se as suas filhas são estupradas e assassinadas, as próprias vítimas são tratadas como acusadas, enquanto os assassinos e estupradores são soltos ou postos em liberdade por falta de evidência… Lendo os jornais cada dia, invariàvelmente, encontramos actividades criminosas que ocorrem diàriamente na nossa chamada “Goa libertada». Sendo do clero, eu presumi que o autor deveria ter tido conhecimento de todos estes acontecimentos como parte do seu dever de confortar os miseráveis e oprimidos. A única opinião que me vem à mente é que a carta é exibição de senilidade.  
 
Dr. Ferdinando dos Reis Falcão.

Dr. Ferdinando dos Reis Falcão. M.B., B.S. (Bom)
Margão – GOA Tel: + 91. 832. 2703 100.